Courier de l'Égypte - Cotação do ouro supera US$ 4.500; cobre e prata registram recorde

Cotação do ouro supera US$ 4.500; cobre e prata registram recorde
Cotação do ouro supera US$ 4.500; cobre e prata registram recorde / foto: DAVID GRAY - AFP/Arquivos

Cotação do ouro supera US$ 4.500; cobre e prata registram recorde

A cotação do ouro superou nesta quarta-feira (24) a marca de 4.500 dólares por onça (31,1 gramas), enquanto outros metais preciosos e industriais atingiram valores máximos, apesar das atividades reduzidas nas Bolsas na véspera do Natal.

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"Os investidores reequilibraram amplamente suas carteiras, muitos encerraram suas posições e os volumes de negócios são reduzidos", disse Ipek Ozkardeskaya, analista da Swissquote.

"Porém, o ano continua provocando surpresas", acrescentou.

O ouro era negociado a 4.525,77 dólares (24.972 reais) por onça, um nível recorde, enquanto a prata também atingiu uma cotação recorde, a 72,70 dólares (397 reais) por onça.

Metais preciosos utilizados na fabricação de catalisadores para automóveis atingiram preços históricos, como a platina, negociada a 2.981,53 dólares (16.451 reais) por onça, enquanto o paládio registrou seu maior valor desde dezembro de 2022.

O cobre também ultrapassou uma barreira histórica, acima de 12.000 dólares (66.000 reais) a tonelada. O metal, assim como a platina, foi impulsionado pelo receio de tarifas americanas, que até agora foram evitadas.

Segundo analistas, o cenário é explicado em parte pelo agravamento dos riscos geopolíticos entre Washington e Caracas, depois que o presidente Donald Trump afirmou na segunda-feira que seria "inteligente" que seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, deixasse o poder.

Trump anunciou em 16 de dezembro um bloqueio aos "navios petroleiros sancionados" que navegam a partir e com destino às costas venezuelanas. Desde setembro, Washington mantém navios de guerra no Caribe em uma ofensiva contra o narcotráfico que provocou mais de 100 mortes.

A Venezuela denuncia uma campanha para derrubar Maduro e assumir o controle das riquezas do país.

Ao mesmo tempo, os mercados pareciam dispostos a passar o Natal em tom positivo, em meio ao otimismo para 2026, em particular no que diz respeito à economia dos Estados Unidos, que compensou as preocupações recentes sobre as avaliações do setor de tecnologia.

Na terça-feira, os operadores de Wall Street levaram o índice S&P 500 a um nível recorde, após a divulgação de dados que mostraram que a maior economia do mundo cresceu 4,3% no terceiro trimestre, o ritmo mais rápido em dois anos e muito acima do esperado.

O resultado, impulsionado pelo bom desempenho dos gastos de consumidores e das empresas, tranquilizou em certa medida os investidores quanto às perspectivas econômicas após uma série de dados cada vez mais fracos sobre o emprego.

Como a economia parece estar em melhor forma que o previsto, os investidores reduziram as apostas em um novo corte dos juros do Fed no próximo mês.

Embora a esperança de um corte das taxas tenha sido um fator-chave na recente alta do mercado, analistas afirmaram que o forte crescimento ofuscou qualquer decepção com a manutenção das taxas no momento.

U.Adel--CdE