Courier de l'Égypte - Garantir volta à Venezuela é prioridade para Machado, diz sua filha à AFP

Garantir volta à Venezuela é prioridade para Machado, diz sua filha à AFP
Garantir volta à Venezuela é prioridade para Machado, diz sua filha à AFP / foto: Cornelius Poppe - NTB/AFP

Garantir volta à Venezuela é prioridade para Machado, diz sua filha à AFP

A filha da líder opositora venezuelana María Corina Machado, ganhadora do prêmio Nobel da Paz, afirmou, nesta quarta-feira (10), que a prioridade de sua mãe "foi permanecer na Venezuela e garantir que pudesse voltar".

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Na clandestinidade desde agosto de 2024, Machado conseguiu sair da Venezuela e está a caminho de Oslo, mas não conseguiu chegar a tempo da cerimônia de entrega do prêmio, recebido em seu lugar por sua filha.

"Minha mãe fez tudo para estar aqui e está a caminho. Sua prioridade foi permanecer na Venezuela e garantir que pudesse voltar", disse Ana Corina Sosa Machado, falando em inglês a um jornalista da AFP.

"Sou incrivelmente grata porque o mais provável é que tenha a oportunidade de lhe dar esse abraço pelo qual estamos esperando há dois anos", acrescentou.

María Corina Machado, de 58 anos, não aparece publicamente desde janeiro, quando participou de um protesto contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em Caracas.

Além de Ana Corina Sosa, que recebeu o prêmio e fez um discurso no lugar da mãe, participaram da cerimônia a mãe de Machado, Corina Parisca, seus três irmãos e outros dois filhos.

Clara Machado, irmã caçula da contemplada, segurou o choro ao dizer se sentir feliz de poder abraçá-la "em poucas horas".

"Perdão pelas lágrimas, mas é que isto foi muito emocionante e se sentiu a energia do mundo aí presente. Acho que o comitê do Nobel entende o que estamos enfrentando, e esse reconhecimento nos enche de uma nova esperança. Seremos livres", disse à AFP em espanhol.

Desde a segunda-feira, familiares presentes em Oslo e outros membros do círculo próximo da opositora asseguram desconhecer "o périplo de María Corina", embora estivessem convencidos de sua chegada.

O Comitê Nobel concedeu em outubro o prêmio a esta engenheira de formação por seus esforços a favor de "uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia" na Venezuela.

U.Adel--CdE